segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sinto-me bem

"O tempo passa. Mesmo quando tal parece impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói como o palpitar do sangue sob a ferida. Passa de forma irregular, com estranhos avanços e pausas que se arrastam. Mas, lá passar, passa. Até para mim." - Stephenie Meyer, em Lua Nova

Mas já não dói assim tanto. Não sei se é por o cliché de "o tempo cura tudo" estar certo, não sei se é por ter estado bom tempo nos últimos dias, não sei se é por todo o apoio vindo dos amigos estar finalmente a funcionar ou se é por... acho que quem tem de saber sabe a que me refiro.
A verdade, é que, apesar de ainda estar longe de curada, sinto-me bem. Sinto que algumas coisas talvez, só talvez, sejam possíveis ou, pelo menos, menos impossíveis, apesar de todos os medos que ostento.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Filipa acordou com a sensação de que hoje não será um bom dia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Agridoce

Ontem, entorpecida no sofá, dei comigo a ver o Storytellers no Vh1, desta vez dedicado aos Foo Fighters, apanhando o programa já quase no fim. Passado menos de cinco minutos, não sabia ao certo o que sentir.
Segundo o que Dave Grohl disse, a música "Word Foward" foi feita a pensar num amigo de infância seu que morrera há pouco tempo. Ele vivera imensos momentos inesquecíveis junto a ele: descobriu a música rock, drogas e a encerrar partes da sua vida. Acrescentou que, nessa altura, pôs-se a pensar que aquele era o fim daquela parte da sua vida e que só havia um caminho, aquele que tinha de seguir, devido ao facto de não haver mais nenhum.
Isto deu início a uma grande corrente de pensamentos vinda da minha parte.
Durante imenso tempo (fez ontem três meses), lutei para me esquecer de acontecimentos e de pessoas que mudaram a minha vida pela negativa. E só piorou. Passei a acordar e a deitar-me todos os dias a chorar, escrevi cartas para ninguém em concreto a expressar a minha raiva por todas essas coisas que me transformaram numa pessoa em que não me queria transformar. Batia com os punhos cerrados na parede na esperança que a dor física apagasse a batalha que se dava na minha cabeça, gastei pequenas fortunas em roupa na esperança que me dessem um pouco que fosse de felicidade para apenas me sentir ainda pior comigo mesma.
Ontem apercebi-me de que não vale a pena esforçar-me tanto para esquecer coisas que simplesmente não podem ser apagadas. Eu pura e simplesmente vou ter de aprender a encerrá-las e a seguir em frente independentemente delas. Eu não tenho de esquecer ninguém nem todas as palavras que disse ou que me disseram: eu apenas tenho de seguir em frente e, se arrastar os meus erros, os meus medos e as minhas incertezas comigo for a única forma, então é o que farei.
Não posso estagnar por ter perdido (se é que alguma vez tive) significado para outras pessoas. Um dia, as pessoas mais perto de mim vão morrer (o que, de facto, já aconteceu). Os meus amigos vão seguir trajectos diferentes do meu, e posso não voltar a vê-los. As pessoas que considero família por tantos motivos podem desaparecer de um dia para o outro. E isso é pior do que perder um namorado. No entanto, eu vou continuar a levantar-me cama todos os dias, vou continuar a comer e a lavar dos dentes de manhã. Vou continuar a perguntar-me todos os dias se estou com vontade para me maquilhar ou o que vou vestir. A minha vida continua independentemente do que acontecer a quem me rodeia ou às escolhas das mesmas.
Apesar de muitas vezes querer desistir da vida, a verdade é que estou aqui. Estou viva e isso tem de significar alguma coisa. Significa que, enquanto estiver de pé e que enquanto o meu coração continuar a bater, vai haver sempre algo que possa fazer.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Parabéns, Kurt

O espantoso, genial Kurt Cobain faria anos hoje se fosse vivo. Parabéns a ele!


Update 20/02/2011 19.14h: Sim, tenho andado a ignorar o dia todo o facto de hoje ser um dia negativamente especial numa determinada coisa, mas a verdade é que não me sai da cabeça. Mas tem de sair, ou então é mesmo melhor começar a fazer a minha mala para ser internada na ala psiquiátrica de um hospital qualquer.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Estou com vontade de beijar, abraçar e de andar na rua de mãos dadas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Happy (not) valentine's day

Ser-se solteira é melhor do que se ser comprometida porque... hum, bem... porque o batom dura-lhes mais tempo! É isso! Tomem lá, suas raparigas com namorado! Pois... hum.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Há coisas engraçadas!

Há uma ou duas horas atrás, quando estava a realizar o meu trabalho de Matemática A, descobri que um matemático de apelido Bolzano escreveu um livro com o seguinte título: "Prova Puramente Analítica do Teorema que Afirma que entre Dois Valores de Sinais Opostos Existe pelo Menos Uma Raiz Real da Equação". Achei interessante partilhar o meu motivo de riso convosco! :)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Deus

Eu já não sei se acredito em ti. Não vejo motivos para acreditar.
Deixando de lado o facto de não haver provas científicas que te definam, a verdade é que não me dás felicidade: tiras-me tudo o que eu quero e tudo o que tenho; e não compreendo porquê.
Aparentemente, não sou melhor do que um violador de crianças, do que uma miúda qualquer que leva alguém para a cama todas as noites. De facto, eles são melhores do que eu: conseguem obter alguma felicidade a partir dos actos que descreves como profanos e indignos.
Eu, que sempre sigo tudo o que dizem que dizes, não recebo salvação quando os livros da escola me fazem sentir tão burra ao ponto de chorar e de literalmente dar socos à parede até quase partir os ossos; eu, que contenho as minhas vontades em teu nome a tentar fazer o que supostamente é certo, nunca recebi aquela mensagem ou aquela chamada da pessoa que precisava que estivesse ao meu lado para que a dor proveniente da realidade atenuasse; eu, que sempre te defendo quando todos dizem mal do teu nome, não recebo nada. Nada de nada. Apenas a infelicidade, o inverso do que as mentes e os corpos ditos corrompidos recebem constantemente.
Talvez seja melhor fechar os livros e vestir aquele vestido vermelho escondido no meu armário dos olhos do mundo. Talvez seja melhor convidar alguém diferente todos os dias a deitar-se comigo na minha cama. Talvez seja melhor sair, embebedar-me e acordar na casa de um perfeito estranho de olhos verdes. Talvez isso me dê felicidade, tendo em conta que o que estou a fazer não está a resultar.
Ou talvez seja melhor ignorar todas aquelas vozes que me querem bem mas que, aparentemente, nada mudam. E porque não mudam? São meus amigos, caramba, os melhores que já vi! Sempre a puxarem-me para cima mas sempre sem força para elevarem o meu ego e a minha vontade furiosa de viver? Porque é que não lhes dás força, a eles e a mim?
Se realmente existisses não estarias a fazer alguma coisa?
Ou não fazes por me odiares? Que raio é que eu fiz contra ti para me odiares tanto? Foi por ter manchado as minhas mãos no corpo dele? Se sim, não era minha intenção! Eu queria mantê-lo por perto. Só isso. E nem isso chegou. E não chegou porque te tive sempre em consideração.
Perdoa-me o meu rasgo de insensatez, mas eu já não sei no que acreditar. Eu já não sei nada, nunca soube.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Passa-se o seguinte:

Eu não me posso dar ao luxo de chumbar novamente a Matemática A, portanto, há algumas coisas que vão ter de mudar:
  • O tempo de sentar-me a um canto e simplesmente fingir que estou morta tem de acabar;
  • Vou reduzir drasticamente o tempo que passo à frente do computador (e do telemóvel, diga-se de passagem);
  • Tenho de passar a estudar Matemática no mínimo três horas por dia;
  • Há que estudar também para os exames que vou repetir porque o tempo passa demasiado depressa (se possível pelo menos cinco horas por semana);
  • Aumentar as minhas horas de sono;
  • E, no meio disto tudo, arranjar tempo para não ficar trancada em casa e não dar em maluca.
Parece-vos possível?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

15 minutos

Tenho andado a tomar banho mais vezes do que qualquer humano necessita. Por quinze minutos, posso chorar porque o barulho é atordoado pelo peso da água que cai em mim. Por quinze minutos, não tenho de sorrir e de dizer que sim, que estou muito feliz com a minha vida.
É o único sítio em que posso chorar sem que alguém oiça. E choro pela mesma razão de sempre: sinto-me incompleta e longe de estar realizada. O pior é que já não sei o que fazer para mudar isso, porque simplesmente já não sei do que preciso para me sentir bem.
Não foi há muito tempo em que pensei que não ia simplesmente sentar-me a um canto e morrer, mas é mesmo isso que está a acontecer.
Pensei em arranjar actividades para me distrair um pouco, mas já nem sequer sei é isso que quero; irá realmente mudar alguma coisa? É apenas queimar tempo, mas o tempo não queima de qualquer maneira? O tempo vai sempre escoar por completo até ao momento em que tudo irá acabar; aquele momento a que ninguém poderá escapar por mais que fuja.
Isto leva-me a mais uma questão: o que é que de facto ainda ando a fazer aqui? Só empato o meu tempo e o tempo dos outros. Não ando aqui a fazer nada. E, ao contrário do que dizem, o tempo não está a melhorar nada em aspecto nenhum. De facto, acho que só aumenta a minha loucura gradualmente.
Perguntei-me imensas vezes porque é que as pessoas se afastam de mim, mas agora compreendo: já nem sequer eu quero estar ao pé de mim. Sou apenas uma miúda mimada que se está a tornar maluca da cabeça e que não sabe onde está ou o que é a felicidade nem para que lado se deve virar.
Para que serve ter uns vinte vestidos no armário e um monte de bolsas de maquilhagem quando por dentro se é uma podridão andante? Para que servem as ilusões quando a realidade do mundo em que vivemos nos atacam a toda a hora, a mostrar-nos que não somos (ou simplesmente não sou) suficientemente bons para conseguirmos suportá-la?
Onde é que andas, felicidade? Onde andas, complementaridade? Onde andas, motivo de viver?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011