domingo, 29 de agosto de 2010

Medo

Eis a conversa que tive hoje com a minha mãe:

Mãe - Estás quase a fazer dezoito anos.
Eu - Sim.
Mãe - A partir de agora, os anos vão correr-te à frente.
Eu - Estás a dizer-me que os anos vão passar tão depressa e que em muito breve vou morrer.
O que queria ter dito - Boa. Estás a dizer a uma pessoa que tem imenso medo da morte que esta não vai demorar muito tempo a chegar.
Mãe - Sim.

Tenho medo. Tenho medo do que será ou não (refiro-me a inconsciência, a um nada, a um vazio, a solidão) a morte. Pode ser tudo; pode ser nada. Isso assusta-me: não poder pensar, tendo em conta que os nossos pensamentos são o que nos individualiza dos outros, o que nos faz ser diferentes de todas as outras pessoas deste mundo. Tenho medo de não ir para o Céu, e de ir para outro sítio cujo nome nem me vou atrever a escrever.
Mas não é só medo da morte. Tenho medo de que tudo acabe antes de conseguir fazer tudo o que quero. Quero casar-me, quero ter filhos, quero ter um emprego, quero construir a minha casa, quero ir à igreja aos domingos de manhã com a família toda atrás, quero viajar: esta é a minha ideia de felicidade, e quero ter tempo e condições para que tudo isto se concretize (coisa que não vai acontecer se, por exemplo, morra antes disso ou que, por exemplo, o mundo acabe em 2012... ou antes... ou depois mas antes de poder concretizar tudo isto e mais algumas coisas).

E tenho medo das coisas actuais: que mais pessoas/animais de quem gosto morram (já tive o suficiente disso para saber o quanto dói e não quero voltar a ter a mesma sensação), de perder mesmo que não seja para a morte outras pessoas que fazem parte da minha vida, tenho medo de não ser boa o suficiente para os outros e que isso interfira na minha felicidade e na felicidade dessas mesmas pessoas, tenho medo de chumbar mais um ano a matemática e que não consiga terminar sequer o décimo segundo ano. E temo ir dormir e não voltar a acordar, ou acordar um dia e aperceber-me de que não consegui nada do que queria da vida, fazer algo de que me arrependa mais do que tudo e saber que não há forma de voltar atrás. Tenho medo de isso e de muito mais.




Estou apaixonada pela música acima. Dá-me vontade de chorar. Não é bem vontade, porque não gosto de chorar; de qualquer maneira, penso que entendem o que quero dizer. Mas não oiçam somente, vejam também as imagens lindíssimas do vídeo. Pessoalmente, gostei muito pela fotografia que aparece entre os trinta e um e os trinta e oito segundos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tudo é melhor com quem se gosta ao lado.
E não me venham com tretas de que o acto de amar/gostar só provem de substâncias segregadas no cérebro, está bem? Isso é só uma parte. Uma pequena, quase inexistente parte.
O resto é que importa: os momentos, o sentimento.

Matemática não é fixe

As aulas estão quase a começar.
E pensar que vou ficar mais um ano apenas a fazer a disciplina que mais odeio neste mundo, à qual chumbei...!

Update 26/08/2010: Agora que estou a reparar nisso, não é algo estranho que o meu primeiro post seja sobre um tema que odeio?