terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2010

Ainda hoje, quase no próximo ano, não sei qual o balanço de 2010. Houve coisas boas e más, e ainda não tenho a certeza de qual é o lado vencedor.
No início do ano, ainda meio atordoada com perdas do ano anterior, perdi para a morte um animal que valia, para mim, mais do que muitos humanos juntos. Fiquei emocionalmente destabilizada durante bastante tempo. Perda essa que contribuiu para o chumbo de uma disciplina da qual não gostava muito e, portanto, não terminei o ensino secundário.
Porém, mais tarde, deram-me razões para sonhar, e acreditem que sonhei bem alto. Encontrei o amor e procurei vivê-lo ao máximo. E perdi-o ao fim de quase cinco meses. Se fiz bem em vivê-lo, em primeiro lugar? Eu não sei.
Eu não sei se me arrependo, não sei se fico feliz por ter passado por toda aquela experiência. Eu simplesmente não sei se sei alguma coisa, enquanto sempre fora uma rapariga bastante segura de si própria e alguém que julgava ter todas as respostas para todas as questões que a vida lhe impunha.
Fui feliz. Vivi coisas intensas que me levaram a descobrir que podia sentir tanto quanto senti: e nunca sequer pensara que poderia sentir tanto. Mas isso também inclui dor, que nunca sequer pusera a hipótese que poderia ser tanta. Agora, já não sei ao certo o que sinto, não sei se vou ultrapassar este estado, não sei se alguma vez vou estar pronta para qualquer outra coisa na vida.
Comecei o ano a pensar que sabia tudo e, afinal, já não me sinto capaz de voltar a fazê-lo tão cedo. Porém, estou a esforçar-me. Estou a lutar contra tudo para não me sentir mal, para ver alternativas, para me abrir mais para o mundo, para as pessoas e para, acima de tudo, conhecer e compreender melhor o mundo e o meu mundo.
Sempre que faço anos, perguntam-me se me sinto diferente, se me sinto mais velha de alguma forma. Eu digo que não, que estou igual e que me sinto igual. Porém, quando chega a passagem de ano, reparo que mudei bastante mentalmente.
Este ano sinto-me mais ignorante, com menos noção do mundo. Porém, por outro lado, penso que necessito de abrir os olhos e de tentar compreender melhor tudo: quero compreender-me, compreender as pessoas, quero que elas me compreendam e que vejam tudo aquilo que faz quem sou.
Tenho uma sede inexplicável de começar realmente a viver e a transferir os meus sonhos para a vida real. Tenho sede de viver e de ser feliz.
Feliz 2011!
Edit: A Anna está certa no seu comentário, não balancei grande coisa. Decidi ser um pouco superficial neste post porque não me sinto confortável com o teclado holandês, mas vou tentar fazer isso da próxima vez que escrever aqui, desculpem.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal e bom ano novo!

Queria desejar um feliz Natal a todos, principalmente à minha família, aos meus amigos e, claro, aos meus seguidores. Obrigada por fazerem parte da minha vida. Desejo-vos tudo de bom, dando uma atenção especial à saúde e aos vossos coraçãozinhos. Aproveitem esta época para estar com as pessoas de quem mais gostam e para mostrar o quão importantes elas são para vocês.
Que o ano 2011 seja bem melhor do que 2010 para todos :)


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Gossip Girl

Ainda há alguém indeciso quanto ao que me dar pelo Natal...? Ninguém está disposto a ir à Stradivarius? Tem um lacinho atrás e tudo! Ninguém...?


Bolas!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Parar

Hoje tive uma conversa preciosa com uma senhora que dá alguns dos melhores conselhos do mundo. É uma senhora que já me deu vários conselhos e várias opiniões, a maioria numa viagem que fizemos as duas juntas há poucos meses trás.
Ela é daquele tipo de pessoas que nos dizem coisas tão fortes que nos deixam a pensar durante horas na mesma coisa. Hoje não foi excepção, antes pelo contrário; acho que nunca me disseram coisas que me deixassem tão pensativa, ainda não sei bem se no bom ou no mau sentido.
Apercebi-me de uma realidade que andava a ignorar há algum tempo, mas que já sabia: eu não posso obrigar ninguém a amar-me, não posso pedir que gostem de mim e não posso pedir a ninguém que seja feliz comigo.
Ainda há uns dias pensei no porquê de tanta gente dizer que, por amarem muito alguém, as deixam ir, e achei que esse era a maior demonstração de masoquismo que podia ser feita. E, agora, já entendo. Se amamos os outros e se nos amamos a nós próprios, temos de permitir que as outras pessoas sejam felizes mesmo que a única forma de o conseguirem é estarem sem nós. Da mesma maneira, temos de lutar para sermos felizes sem elas, por mais que custe, por mais doloroso que seja. E Deus sabe que custa!
Ao princípio, era Ele quem eu culpava; Ele tinha-me mostrado a felicidade e, depois, tirou-ma. Mas a verdade é que Ele, pensando também na felicidade dessa pessoa, tirou-a de mim para que essa pessoa pudesse ser feliz. Agora compreendo, embora ainda não tenha aprendido a aceitar esse facto.
Para além de aceitar esse facto, tenho também de aprender outras coisas: a viver sem ele e a ser independentemente feliz, coisa que neste momento ainda me parece impossível (e espero mesmo que seja somente temporário). Estou farta de sofrer com isto. É demasiado doloroso.
E sinto-me suficientemente forte. Não é que tenha forças, mas sinto-me forte para sobreviver apesar dos meus medos e das minhas inseguranças e um dia, se Deus assim quiser, hei-de sentir-me suficientemente forte para viver.
Eu preciso de parar. Não choro desde dia 6 deste mês (sei que não é muito tempo) e acho que preciso de deitar cá para fora as minhas frustrações de alguma maneira. Seja a chorar de novo, seja a pensar, seja de outra forma qualquer. Eu tenho de parar por um momento, coisa que tenho evitado fazer para que não me deixe abater pela realidade, mas agora é a hora em que tenho de reagir.
Sinto que o mundo me vai engolir, mas sinto-me forte.
Em princípio não vou escrever durante uns dias aqui pois, como já disse, preciso de parar e não sei até que ponto estar sempre à frente do computador me vai ajudar. Dia 26 vou apanhar o voo para Amesterdão e espero que a semana que irei lá passar me ajude com isto, embora não tenha muitas certezas ou esperanças.
Vou acabar este post com o excerto de um livro que, neste momento, designa um pouco do que estou a sentir agora:

"— Então qual é a pior parte?
— A pior parte é saber como tudo teria sido.
— Como podiam ter sido — suspirei.
— Não — disse Jacob abanando a cabeça. — Eu sou a pessoa indicada para ti, Bella. Para nós, ficarmos juntos teria sido fácil, confortável, tão simples como respirar. Eu era o caminho natural que a tua vida poderia ter tomado... — Olhou para o vazio durante um momento e esperou. — Se o mundo fosse como devia ser, se não houvesse monstros e magia...
Eu conseguia ver o que ele via e sabia que o Jacob estava certo. Se o mundo fosse o lugar que devia ser, Jacob e eu teríamos ficado juntos. E teríamos sido felizes.
(...)
— Diz-me qual foi a pior parte para ti — murmurou.
— Acho que é capaz de não ser boa ideia.
— Por favor.
— Acho que te vai magoar.
— Por favor.
— A pior parte para mim... — hesitei e, a seguir, deixei as palavras sair como uma torrente de verdade. — A pior parte foi conseguir ver tudo. Toda a nossa vida. E queria muito que fosse assim, Jake, queria tudo como vi. (...) Talvez fosse por isso que estava a lutar tão desesperadamente contra ti."
- Eclipse, por Stephenie Meyer

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Falhas e tudo isso

Acho que quero agradecer. Obrigada por tudo. Pode parecer um cliché, mas não sei mesmo onde estaria se não fossem vocês, se não me permitissem deitar todas as minhas frustrações cá para fora tão frequentemente que provavelmente já vos enjoa, sem sequer se queixarem.
Por muito sozinha que às vezes me sinta, estão sempre lá para ampararem as minhas dúvidas e os meus medos e para me darem a mão quando me sinto totalmente sozinha no mundo apesar das coisas que às vezes faço sem pensar.
Aceitam-me apesar de todas as falhas e imperfeições presentes em mim. Deixam tudo isso passar, mesmo quando sou a maior parva que este mundo já viu. E essas falhas e imperfeições são tanto de mim! E, ainda assim, vocês parecem amar-me. Porquê?
Eu caio, vocês apanham-me antes de chegar ao chão; vocês abraçam-me mesmo quando eu não retribuo; vocês juntam as peças quando nada na minha cabeça faz sentido.
Obrigada a todos (vocês sabem bem quem são, não preciso de dizer os vossos nomes) por me deixarem chorar nos vossos ombros, por me deixarem ligar-vos quando preciso de falar, por me entreterem quando sinto que a vida é um buraco negro que está prestes a engolir-me. Obrigada ainda por contribuírem para que me aproxime cada vez um pouco mais da felicidade.
Obrigada. Vocês também são a razão. Amo-vos de todo o coração e amá-los-ei sempre mais do que alguma vez amarei um rapaz que pouco ou nada quer saber, e obrigada também por isso.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Errada

Eu achei que sabia tudo e que tinha respostas para tudo. Estava errada. Mais do que nunca.
Por longos momentos, por demasiado tempo, pensei que estava certa. Nós iríamos falar sobre os nossos problemas e resolvê-los. Nós iríamos viajar pelo mundo fora. Nós iríamos ficar juntos. Sim, claro, nota-se.
Fomentaste os sonhos que tinha e deste-lhes um apoio durante mais tempo do que devias. Levaste-me a acreditar. E, meu Deus, como soube bem! Como soube bem ver cegamente um futuro ainda mais perfeito do que aquilo que já tínhamos.
Agora, os meus sonhos foram queimados e tenho receio de nunca mais pôr-te os olhos em cima.
Só me pergunto como é que fui estúpida ao ponto de pensar que sim, que desta vez iria resultar.
Nota mental: nunca mais planear nada com ninguém, nem mesmo quando for com um rapaz de impressionantes olhos esverdeados.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

LOL



Este vídeo pôs a Anna a chorar de tanto se rir.

sábado, 11 de dezembro de 2010

É quase Natal!

Já tinha começado a escrever este post mas o computador bloqueou e cá estou eu a recomeçar. Lembro-me que começava mais ou menos assim: "É quase Natal. É quase Natal. É quase Natal!".
É tempo de dádiva e eu gosto de dar. Estou na minha zona de conforto. Já comprei quase todas as prendas, faltando apenas duas porque não tenho paciência visto que adquiri-las implica ter de meter-me dentro de um barco para Lisboa. Também já contribuí para a caridade através dos números de telefone que aparem em rodapé nos programas de televisão.
E vocês? Já compraram tudo o que tinham a comprar? Ou ainda não começaram? Já doaram ou vão doar algo? Contem-me tudo!
Visto que é quase Natal (vou repetir isto tantas vezes na minha cabeça que ainda vou começar a acreditar que já está acontecer), gostaria de fazer um pedido simples a quem está a ler isto.
Eu sei o número de visualizações que tenho por dia, mas nunca sei de quem vem essas visualizações. Gostaria de pedir a quem estiver a ler isto que deixe o seu nome nos comentários ou que, caso tenha uma conta do blogger, diga algo como "Olá! Eu estou a ler isto". Só para saber.
É que há tanta gente que de vez enquanto me diz que gosta do meu blog ou que simplesmente o lê que não tenho uma percepção das pessoas que o lêem ou não.
Sejam meus amigos, conhecidos, "ex-amigos", ex outras coisas e ainda outros tipos de pessoas, gostava de saber quem são as pessoas que realmente me acompanham. Seria pedir muito? Eu ficaria agradecida e seria um bom presente de Natal. Obrigada!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A razão

As pessoas pensam que não te quero esquecer, e talvez não queira. Mas quero, acima de tudo, que a dor termine.
Isto vai fazer com que pareça que sim, mas não estou a tentar ser fria; é só que, se eu não gostasse assim tanto de ti, se não fosses a razão da minha vida todos os minutos que estivemos juntos, tudo ia ser mais fácil. Apesar de, nesse caso, não ter conhecido o amor, também não ia conhecer esta coisa que é mil vezes pior do que dor, e acredita que eu sei o que é dor.
Apesar de me fingires que não existo, eu estou a passar por isto e estás a lixar-te completamente.
Sabes que mais? Este sentimento há-de sofrer uma mutação tão grande que, se um dia voltares a ver-me ou a falar comigo, já não vou ser quem conheceste, mas sim uma pessoa diferente que tu criaste. Sim, tu. E vais odiar o que criaste.
Atas-me a um poste e deixas-me a arder. Pois o que arde queima. E, enquanto estou aqui a queimar, vou modificar-me e tornar-me noutra coisa.
E hei-de encontrar alguém que se importe nem que seja um pouco comigo e que vai, de facto, dar o mínimo de valor àquilo que lhe dou e há-de dar-me algo, nem que seja pequeno, de volta.
Tu podes ser a razão, mas não quer dizer que sejas a única razão.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Inocência

Tu dizias que te assustava o facto de eu ser tão ingénua e que era precisamente por isso que ias estar sempre presente, para impedires que as pessoas se aproveitassem de mim. Dizias que eu era o teu anjo e me ias proteger. Onde é que estás agora? Estás a ler sequer isto?
Agora, eu não consigo acreditar nas coisas que disseste. Nem sequer sei se acredito que alguma vez tiveste algum sentimento por mim. Lembro-me de teres dito que te custava muito gostar das pessoas e que o facto de gostares tanto de mim te assustava; e eu acreditei. Se ainda acredito? Não sei.
Até quando estavas doente parecias estar em fogo ao pé de mim. Era apenas fingimento? Uma diversão?
Por favor, diz-me que estou errada. Diz-me que estou certa. Diz-me algo, porra!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

5 meses.

Aquele beijo faria hoje, daqui a umas duas horas, 5 meses.
E bolas, Deus sabe que te amo. Porque te tirou de mim? Ele sabia que a felicidade eras tu!
E era por isso que eu te disse que me queria abrir para ti mas que tinha medo. E tu sorriste aquele sorriso irresistível e com os olhos a brilhar disseste que sim, que achavas que me podia abrir para ti.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É isso.


E isso inclui não me responderes quando a conversa já não te interessa, quando eu falo e ficas logo offline e quando mandas mensagens tão secas que sinto que já não te conheço e finges que, mais do que se não se tivesse acontecido nada, eu não existisse e não tivesse sentimentos.
E é ainda mais frustrante pensar que me bloqueaste cada vez que isso acontece!
Eu queria continuar a ser tua amiga, mas parece que não há forma, parece que não me deixas. E, depois, somos uns parvalhões um para o outro e só dizemos coisas tiradas da frustração que sentimos (ou que eu sinto, pois se não me dizes o que sentes não sou eu que vou conseguir adivinhar).
Para a próxima vez que disseres a uma pessoa que dessa vez vai ser para sempre, lembra-te de avisá-la quando o "para sempre" estiver a chegar ao fim. Eu gostaria de ter tido um aviso prévio. E não dês a entender que queres ser amigo dela quando não é essa a tua intenção.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Tempo

O tempo está a passar tão depressa.
Parece que foi ontem que andava de sandálias e vestido nos jardins da minha pequena localidade, com a minha mãe a tirar-me fotos, feliz. Parece que foi ontem em que o meu único motivo de felicidade era simplesmente viver; agora, já não sei ao certo o que é a felicidade.
Lembro-me de ir para a escola primária vestida de fada e de princesa no carnaval, de ter cabelos tão loiros que costumava dizer que eram preciosos fios de ouro e que, por isso, ninguém podia tocar-lhes. Lembro-me ainda de não me preocupar com coisas como a perda simplesmente por essa palavra não constar no meu vocabulário.
Agora, já tenho 18 anos. Sou maior de idade e legalmente (só mesmo legalmente) adulta. E tenho responsabilidades e vontade de gritar com o mundo e perguntar-lhe porque é que está sempre contra mim quando me esforço tanto para obter um pouco de alegria porque a felicidade... essa já nem a peço, uma vez que parece tão fora de alcance.
O tempo mudou-me a mim e mudou o mundo em que vivo e o mundo que vive dentro de mim. Conheci o falhanço e a frustração. Conheci há tão pouco tempo o que era o amor, há tão pouco tempo que ainda nem me habituei a ele (e lamento muito sinceramente dizer que a experiência já não está a ser boa, ao contrário do que era no início). Passei a saber o que era sentir-me sozinha e abandonada, como era realmente a sensação de ser deixada por uma das únicas coisas que me dava vontade de acordar de manhã.
Descobri, com o passar dos segundos, dos minutos, das horas, das semanas, dos meses e dos anos, que as coisas nem sempre melhoram e que, por vezes, a dor não passa. E que é tão frustrante quando estas coisas acontecem! E, ainda assim, também descobri que há que ter esperança que as coisas melhorem, de maneiras drásticas ou não, mesmo que tal acabe por não se verificar.
E outro ensinamento que recebi não só do tempo mas também da vida de forma geral foi que enquanto ainda sintamos algo e mesmo que não consigamos respirar, devemos lutar sempre. Com ou sem força.
Pergunto-me se existe um meio termo. Uma forma de não estagnar na inconsciência que é a infância e, ainda assim, ser incondicionalmente feliz e livre.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Lisbon!

O meu irmão veio de férias no dia 1 e estou super feliz. Para aqueles que não sabem, o meu irmão vive fora de Portugal e, como podem imaginar, cada vez que vem cá é como se fosse um raio de sol no meio da noite (o que é bom).
Ontem fomos dar um pequeno passeio por Lisboa, o que foi óptimo. Este tipo de passeios começa a tornar-se num tradição nossa: ver a baixa e ir comprar um livro à Fnac. Mas desta vez foi diferente, foi melhor.
Ultimamente tenho concentrado-me mais do que muito nos meus sentimentos e na forma horrível em que eles afectam o meu corpo (perda excessiva de peso, pálpebras a sangrar de tanto chorar, a pele completamente gretada, ...) que me esqueço que a vida tem coisas boas e que nem tudo se resume a quase cinco meses (praticamente quatro oficialmente) de relacionamento.
Não, não estou a dizer que está tudo bem e que não estou triste e que não sinto falta dele e que muitas vezes não me apetece gritar e chorar até não ter mais força e que esta está a ser a melhor altura da minha vida; se o dissesse, estaria claramente a mentir. Mas é bom pensar noutras coisas para além de dor, nem que seja temporariamente.
Durante a ida a Lisboa, tomei consciência daquilo que já me tinha apercebido: as pessoas estão a passar-se, a ficar completamente malucas.
Encontrámos na rua dois rapazes mais ou menos da mesma idade que eu. Um estava a falar ao telemóvel e outro veio pedir um cigarro ao meu irmão. O primeiro tinha o cabelo cortado de um lado e comprido do outro e as unhas enormes (maiores do que as minhas, que sou uma rapariga) pintadas de uma cor entre o azul claro e verde alface. O segundo tinha os olhos pintados, completamente esborratados e umas calças tigresas de bombazina.
Não quero parecer retrógrada em relação ao mundo actual, mas não penso que seja normal as pessoas agirem como estão a agir. Sinto que as pessoas se andam a passar completamente da cabeça: as pessoas não envergam vestuário adequado, há cada vez mais pobreza, as pessoas põem fim a relacionamentos por tudo e por nada (e embora pareça, não estou a falar de mim). Até eu às vezes penso que me estou a passar, embora nunca me conseguir comparar a essas pessoas.
Eu ainda tenho alguma noção. Ainda consigo perceber o que está certo ou errado, embora já não funcione tão bem como dantes. E sei a causa de me sentir assim. Melhor, as causas.
É nestas alturas em que ouvir música faz bem e, finalmente, sinto-me suficientemente capaz de ouvir música, o que significa que talvez, só talvez, esteja realmente a ficar ligeiramente melhor.



Edit: Se tiverem um tempinho livre, não se esqueçam do outro blog que tenho em parceria com o Mid. Ambos gostávamos de saber o que pensam sobre os nossos textos e que reflectissem um pouco com eles.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Woobies

A minha razão para praticamente nunca mais ter escrito aqui e quando escrevo não sair nada de jeito: nem eu sei.
Tenho andado ocupada, mas arranjo sempre tempo para o que quero mesmo fazer. A escola , apesar de só estar a terminar uma disciplina tira-me o juízo todo e a minha vida, de forma geral, a paciência.
Ocupo basicamente o meu tempo livre a tentar perceber o que tenho feito de errado para a minha vida estar da forma em que está. E percebemos que as nossas vidas estão mesmo mal quando fingimos estar felizes durante todo o dia e o peso do mundo nos cai em cima dos ombros à noite.
Depois, há as introspecções, uma das piores coisas de sempre que por vezes é necessário fazer. Apercebi-me que pedi demais, mais do que muito, quando as pessoas não mo podiam dar; e eu fazia-o porque não conhecia os limites de outra pessoa. Mas eu tentei. Eu tentei. E podia ter tentado mais e ele também, mas não quisemos.
Agora, passo os meus dias a jogar Woobies. Não ter vida não é fixe e ainda é menos fixe quando nos esforçamos imenso para conseguir uma e não conseguimos.

sábado, 27 de novembro de 2010

...

One (Versão Glee)

Is it getting better,
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?

(...)

Did I disappoint you,
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love,
And you want me to go without.

(...)

Did I ask too much,
More than a lot?
You gave me nothing,
Now it's all I got.

(...)

domingo, 21 de novembro de 2010

Cry at the end

Hoje chorei. Chorei porque ontem tudo acabou. E chorei por tudo aquilo que não lhe disse e por tudo aquilo que ele não fez.
Quero acreditar que estou errada, mas sinto-me usada, como se não tivesse passado de uma distracção para o Verão. E ele representa tão mais do que isso para mim!
Se estou arrependida de alguma coisa? Sim, apenas de tudo aquilo que podia ter acontecido e não aconteceu. Porque queria ter sido capaz de lhe dizer nos olhos o quão importante ele era para mim e o quão gostava dele, e simplesmente não fui capaz. Talvez um dia lho diga, seja tarde ou não demais, se a vida o permitir.
Mas eu não podia fazer mais nada. Eu chamei-o à atenção quando não me ligava nenhuma, eu disse-lhe que podia falar comigo se tivesse algum problema, eu perguntei-lhe o que sentia por mim. Só tenho pena de não ter expressado em palavras o que sentia. Nunca saberei se isso iria mudar alguma coisa.
Também tenho pena que ele não tivesse feito mais por isto, pela nossa relação. Ele não fez tudo. Ele não tentou passar menos tempo a jogar no computador, ele não me telefonou quando eu precisava da sua palavra, ele não quis saber. E não ter jeito para relações amorosas não é uma desculpa válida. Quem gosta, cuida.
Acho que o nosso erro foi termos avançado demasiado depressa. E agora estou sem nada, sozinha, de coração partido, sem conseguir sequer ouvir música. E tenho tanto medo de perder a capacidade de amar, de ficar fria e insensível ao ponto de não deixar que alguém se volte a aproximar de mim. E se ninguém quiser mais nada comigo?
Eu quero-o de volta mas, de momento, não é possível tê-lo. Talvez até nunca. E dói tanto! Dói tanto saber que o mais provável é não voltar a ver o seu olhar posto em mim "daquela forma", ou de simplesmente dormir ao seu lado, de não receber aquele beijinho na testa de que tanto gostava.
Só espero que ele nunca sinta a dor que estou a sentir neste momento. É isso que lhe desejo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A kind of contrast

Olá, pessoas. Vim informar que eu e o Mid, um amigo, começámos uma parceria que se traduz num blog que, na minha opinião, é diferente e original. Convido-vos a visitarem-no aqui e a deixarem a vossa opinião sempre que quiserem.
Sim, eu sei que tenho estado ausente, mas a culpa não é minha: é da vida. Ao fazer introspecções diárias a mim mesma, tenho reparado que não sou tão feliz quanto pensava e que a minha vida emocional, principalmente a sua vertente amorosa, está uma treta.
Tudo isto não me encoraja a ter paciência para as coisas, inclusive para o blog, e peço desculpa.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogos

A Anna pediu-me que voltasse a escrever coisas de jeito aqui. Esta é a tentativa número um de fazê-lo.
Acho que a maneira como me sinto transparece-se no que escrevo, e aqui está uma evidência disso. E não me tenho sentido muito bem ultimamente por vários motivos: estar a repetir matemática aborrece-me, sinto que estou a perder aquilo que me faz feliz quando eu nunca quis isto. E isso magoa-me: eu nunca tentei nada, eu nunca forcei nada a acontecer; apenas aconteceu e ainda bem que aconteceu porque me fez tão feliz mas não sei se ainda está a acontecer ou não. Fui explícita? Acho que não.
O que eu quero dizer é que descobri como é acordar com mensagens de bons dias e não conseguir adormecer sem que me respondessem às minhas mensagens de boas noites. Descobri o quão bom é estar nos braços daquela pessoa especial. E, no entanto, ando a jogar jogos do "se me ignoras eu também te ignoro" como se tivesse dez anos. Mas eu não tenho mais dez anos. Desde essa idade, evoluí muito e descobri como é realmente gostar de alguém. E descobri-o há muito pouco tempo, e é precisamente por isso que não sei o que fazer, como agir, o que dizer. Já não me sentia perdida há muito tempo, e nem sequer sei se alguma vez me senti assim tão perdida.
Eu não sei se hei-de dar espaço, se hei-de dar tempo ou se hei-de agarrar no telefone e dizer às pessoas o quão são importantes para mim e que me sinto mesmo mal com este jogo, e que quero parar mas que realmente não sei o que fazer. E gostava de dizer que só faço este jogo porque penso que é assim que as pessoas vão realmente sentir a minha falta e que, porventura, faço falta e não só: acho que as pessoas precisam de tempo e espaço, mas ao mesmo tempo isso faz-me sentir falta das pessoas.
Eu quero ter lutas de almofadas de novo. Quero ficar até tarde na casa de outrem a ver filmes românticos. Quero andar de mãos dadas na rua contigo. Quero ter-te de novo. Estou a pressionar-te demasiado?

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Momento Zen


Estou um bocadinho farta de ser sempre eu a resolver tudo: os problemas dos outros, esteja envolvida ou não neles, e os meus. Eu odeio ser egoísta, mas sou sempre eu a ter a iniciativa de tornar as coisas bem, de fazer com que as coisas se transformem em algo melhor. A partir de agora, se alguém quiser resolver alguma coisa, se tiver algo a dizer-me, faça-o. Eu já não consigo dobrar-me mais até partir quando as outras pessoas se recusam constantemente a fazê-lo dois centímetros.

domingo, 7 de novembro de 2010

Coisas que nunca direi por várias razões


Mãe: Eu amo-te do que tudo o resto no mundo junto. Apenas não consigo entender muitas coisas, e é por isso que falo mal contigo e que grito e que digo coisas que não tenho intenção de dizer. És a pessoa mais importante da minha vida, e nem sequer tens noção desse facto. E estou muito grata por me teres dado, completamente sozinha, a vida ideal. Obrigada.

Pai: Eu só não te odeio porque sei que esse ódio acabaria comigo. O ódio desfaz-me, e simplesmente não mereço isso por erros que tu cometeste, por coisas que fizeste que não devias ter feito, por coisas que devias ter feito e não fizeste. Eu não preciso de ti na minha vida, e ainda bem porque, caso precisasse, já cá não estava de certeza. E ainda bem que não vou tentar escrever a tua contribuição para que a minha vida não resultasse da melhor forma porque só acabaria de escrever quando completasse os meus cinquenta anos de idade.

Irmão: És parte de mim, e custa-me bastante que não estejas presente e, de certa forma, nunca tenhas estado tanto quanto desejava. Talvez um dia dê para sermos uma família a sério.

Namorado: Há tantas coisas que queria dizer-te que não consigo. Como, por exemplo, que odeio rir aparvalhadamente (nem sei se isto é sequer uma palavra) sempre que estou na tua presença, embora não consiga evitá-lo. Fico sempre com as palavras entaladas quando quero falar de coisas que considero importantes e acabo sempre por não encontrar, em grande parte das vezes, as palavras certas para dizer. Nunca conseguirei dizer como me sinto sempre que estás por perto, ou descrever como é olhar-te nos olhos. Obrigada por estares na minha vida.

G: I'm happy now. Thanks for not being in my life. I wouldn't be as happy as I am right now.

Morte: Sou super contra ti. Não devias existir. Mata-te.

Tributo à Maria

Este post vai ser diferente de todos os outros. Mas mesmo muito! E a culpa é da Maria, que me desafiou. E, antes de perguntarem: não, um desafio não pode ser negado quando o nosso nome é Filipa.
Esta brincadeira derivou do texto anterior aqui publicado. A Maria, de quem já sou amiga há algum tempo, chamou-me À atenção que me esqueci que foi com ela que, citando-a, "loucura é real e que existem mesmo vozes na nossa cabeça" (só entende esta frase quem gosta de escrever, ou se calhar nem isso). E, agora, aqui estou eu, a escrever um tributo a esta amiga que me desafiou a publicar algo sobre ela até Domingo à noite. Tendo em conta que é Domingo à tarde, acho que superei o desafio.
A Maria vai matar-me (ou desejar fazê-lo), mas considero-a uma boa pessoa, coisa que ela não quer ser. Apesar de não ser o genérico de bondade, ela preocupa-se com as pessoas de quem gosta e forma, na catequese, crianças que um dia se tornarão boas pessoas; tal como ela, não genericamente.
Obrigada por seres minha amiga, por me deixares expressar as minhas angústias e por me aconselhares (ah, ainda não tive oportunidade para fazer aquela coisa naquele lugar, mas fá-lo-ei assim que conseguir).

P.S.- Estragaste-me o esquema! Tinha montes de coisas para dizer hoje e, por tua causa não pude! Má! :) Para compensar, comenta.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Passado

Há sempre algo no nosso passado que nos marca bastante e que faz, de certa forma, parte de quem somos. Aliás, o passado é, de forma bastante geral, o que somos. Foi com os nossos primeiros passos e quedas que aprendemos a andar como fazemos todos os dias, foi a magoar-nos que descobrimos que chorar alivia as feridas (ou que ainda as abre mais).
A moral da história é: o passado é importante, porque é ele que nos torna em que somos hoje.
Tenho pensado bastante no meu passado. Li conversas antigas em que falei de formas bastante infantis, vi fotos minhas do tempo da escola primária, ouvi músicas das quais que já nem me lembrava existirem. São coisas que, apesar de estarem estão longe, estarão sempre presentes de alguma forma em mim.
De todas as coisas pertencentes ao passado, acho que a mais significante foi a leitura. Aprendi tanto! Pode parecer ridículo, mas foi a ler que aprendi a ter sentimentos. Até bastante tarde, fechei-me para o mundo, numa pequena cápsula invisível e pouco maleável, só para não sentir, para não me ir abaixo. Isto devido ao divórcio dos meus pais: eu não queria ser como eles, não queria amar as pessoas, não queria sentir nada em relação a nada, ser simplesmente um corpo animado era mais do que bastante para mim.
Ler histórias de amor fez-me perceber que há um mundo lá fora. Um mundo em que as pessoas dão delas o que têm e o que não têm para que as coisas resultem. Um mundo onde as pessoas, de facto, sentiam. Foi a ler a Saga Crepúsculo que tive uma ideia do que é possível fazer por amor, foi a ler Into the Wild que descobri que ter dinheiro e roupas bonitas não significava nada se não soubermos ser mais do que os outros querem que sejamos, foi a ler O monte dos Vendavais que cheguei à conclusão que o ódio acaba connosco e que nunca vamos poder combater contra ele e que, portanto, mais vale não o ter nas nossas vidas.
Com as paixões assolapadas e platónicas aprendi que perseguir coisas pequenas não vale a pena. Com paixões maiores... bem, apercebi-me que talvez valham mais a pena do que as anteriores, aprendi a chorar tudo cá para fora, a trancar-me no quarto durante algum tempo e, depois, sair de cabeça erguida; tudo dói, mas a dor acaba. Nem que demore horas, dias, meses, anos a passar, passa sempre. Com o amor, é apenas da minha conta. Com todos eles, aprendi que entregar-me completamente às pessoas pode ser a pior coisa a fazer mas que, ainda assim, não o vou deixar de fazer. Nunca. Tenho esperança que as pessoas sejam mais do que mostram e que, um dia, compense.
O passado também me mostrou que os amigos são valiosos. Eles levantam-nos do chão e fazem com que as lágrimas acabem mais rápido do que se não estivessem lá. Eles dão-nos memórias boas, suficientes para nos fazerem sorrir cada vez que nos lembramos delas, como comer Cheetos nas escadas do prédio, andar durante horas de saltos altos e gritar de dores ou até como ficar algumas horas numa fila para recebermos um autógrafo dos D'zrt (que tristeza!).
Ser exactamente como sou, uma eterna e incurável romântica, pegada aos amigos e à pouca família que posso chamar família, entre outros, é causa do meu passado. Não querendo parecer convencida, estou orgulhosa dele e da pessoa que me tornei devido ao mesmo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Dia das bruxas + Fallen + Jabber


Feliz dia das bruxas! É dia de sair à rua e aterrorizar. Ou dia de comer um chupa-chupa perto das onze da manhã que era destinado a quem viesse pedir o famoso doce ou partida e de ouvir The Pretty Reckless como se não houvesse amanhã.
Têm alguma tradição para este dia? Sei que a divulgação do dia das bruxas em Portugal não é a melhor, visto que a tradição não é portuguesa, mas, ainda assim, costumam sair à rua mascarados e pedir doces por aí, ou algo do género? Eu, quando era mais nova, andava a pedir doces com uma amiga minha que já não vejo aos anos, a Débora (ainda ontem vi uma foto dela), e até chegaram a dar-nos pipocas... Um pouco estranho.
Ontem foi um bom dia. A Anna veio cá jantar e tivémos a feliz (e triste lol) ideia de pegar no dicionário e inventar frases em bom português e os resultados foram os seguintes:
"Perscrutei-a com o olhar, de soslaio, envergando um sorriso folgazão. Ela ostentava uma bicanca à francesa que lhe dava um ar de uma pessoa zaruca" e "Em nome da Lua, vou-te saponificar".
Alguém se atreve a tentar traduzir as frases para português corrente? Ora, aqui fica o desafio.
Mais... Ah, já sei! Já vos aconteceu comprarem um livro em inglês porque estão fartos de esperar pela tradução e, praticamente logo a seguir, sai a tradução? Está sempre a acontecer-me e aconteceu-me. De novo. E irrita. Esperei imenso tempo para que o livro Fallen saísse em português, até que desisti e comprei-o na Fnac em idioma inglês. Mas é que irrita mesmo. Nunca mais vou comprar livros em inglês a menos que sejam sequelas de livros que já tenha nesse idioma (é sagrado não estragar uma colecção). E ponto final.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Super random jabber

Melhor frase da semana (ou de sempre):
Carlos: "O rapaz português é na sua base feio...".

Hum... não se tem passado nada de especial ultimamente; ou, melhor, tem, mas não quero falar disso aqui (cheers à vida privada). A minha cabeça não tem andado tão bem ultimamente quanto desejo que andasse, tenho tido vontade de chorar todos os dias (e muitas vezes até passa disso), mas tudo se resolve com alguma paciência. Não sou uma pessoa muito paciente, mas, de forma geral, passo a ser tudo e mais alguma coisa quando é mesmo preciso. Isso é bom, certo? Exceptuando que não consigo simplesmente desligar a minha cabeça e abstrair-me; essa capacidade, espero, ainda estará para vir.
Preciso de concentrar-me no que gosto, no que amo, no que quero e no que me é importante.
As coisas vão acalmar quando tirar um tempo para mim própria e fizer uma pequena introspecção.
Mas provavelmente estou a exagerar. Exagero sempre. Faz parte de mim. É daquelas coisas que já viriam no meu manual de instruções, se o tivesse: "Atenção, a Filipa tende a ser um pouco dramática; ou muito". Mas who cares?
O pior é que levo pessoas atrás da minha confusão que não têm nada a ver com o que se passa e que, graças a Deus, têm paciência para me aturar (obrigada, Anna e Tânia J., vocês sabem que também estou aqui para vocês; e obrigada também ao Mid por se revelar tão bom ouvinte).
Por falar em Deus, amanhã vou para Fátima. Regresso no dia a seguir, e vai fazer-me bem. Se forem pessoas religiosas e já tiverem ido lá, provavelmente já repararam que há algo no ar que nos reconforta, que paira nos nossos ombros e que nos acalma. Ou sou só eu que o sinto? De qualquer maneira, penso que vai ser bom, uma distracção é sempre uma distracção.
Terça-feira tenho teste de Matemática A. Espero que corra bem. Tem de correr bem. Quero acabar esta disciplina o mais rapidamente possível. Tenho-me esforçado para manter uma atitude positiva quanto à repetição de Matemática A, mas faz-me sentir tão sozinha e tão triste que só quero que acabe o mais rapidamente possível.
Viagens. Estou deveras arrependida por ter marcado viagem para Amesterdão em Dezembro. Precisava dessa semana para me fazer à vida, coisa que assim vejo mais condicionada. Já para não falar do tempo que vai lá estar nessa altura. Se o tempo ao menos valesse a pena, talvez a viagem valesse também a pena de alguma forma. Mas não. Vai ser só uma semana de frio intenso com uma pessoa que não conheço. Note-se que vou perder um dia que é importante por duas razões (que não vou mencionar aqui, desculpem). Mas podia ser pior, certo? Ou não. Ou sim. De novo, who cares?



Deixo-vos uma música que ultimamente tenho ouvido com bastante frequência, apesar de não gostar muito de ambos os intérpretes. Mas lá pela rosa ter sido plantada por alguém que não gostamos, continua a cheirar maravilhosamente, não é?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Relações

Já há algum tempo (praticamente desde que criei este blog) queria falar deste tópico, mas a verdade é que ainda não tinha arranjado paciência suficiente para escrever sobre ele, se é que agora tenho alguma réstia dela. E ainda nem sei por onde começar.

Acho que hoje em dia o amor está diferente. Só resta saber se isso é bom ou mau; na verdade acho que nenhum dos lados ganha. É possível uma coisa mudar sem se tornar pior ou melhor?

O amor tornou-se mais físico, o que pode ser bom. Afinal, há algo melhor do que o calor humano? Mas trata-se mesmo de amor ou é simplesmente luxúria ou algo parecido?

Todos os dias me pergunto porque é que miúdas com idade para perder tazos perdem a virgindade, ou porque miúdas de treze, catorze anos e afim aparecem grávidas em cada. Não consigo entender que raio se passa com o mundo em que vivemos.

Note-se que quando digo que o amor se tornou mais físico não estou a falar unicamente na vertente sexual: as pessoas expressam muito mais do que antigamente. E isso só é bom. Podemos beijar as pessoas que amamos, dar-lhes um abraço tão forte cuja veracidade ninguém pode contestar. Podemos, verdadeiramente, dançar no meio da rua com a pessoa que amamos; e quem é que quer saber se há música ou não?

Mas o número de divórcios e de separações continua a aumentar. As pessoas, a meu ver, esqueceram-se do quanto é bom amar alguém, da sensação de chegar a casa e pensar que aquele foi o melhor dia das suas vidas, acrescentando à enorme lista de melhores dias das suas vidas mais um dia, só porque puderam olhar nos olhos de da pessoa que amam e dizer-lhes o quanto gostam delas e o quanto querem que elas permaneçam junto a si. A liberdade de amar está tão banalizada que já ninguém quer saber (quem me dera que o termo inglês “no one gives a shit” também houvesse em português, para que pudesse dizê-la aqui e agora, porque é mesmo isso que quero dizer).

Por todas aquelas pessoas que antigamente tiveram casamentos arranjados e paixões igualmente falsas e que, por isso, desperdiçaram uma vida inteira a fingir a sua felicidade, devemos ser felizes.

A vida é dura, mas não se deixem levar por isso. Os dias de hoje obrigam-nos a esperar pelas ocasiões certas para podermos fazer o que queremos: o stress dá cabo de muitas relações, mas alguma paciência para compreender as inseguranças dos parceiros e algum conforto muda tudo. Também há a questão do tempo, mas com algum esforço e, sim, muita vontade, manter relacionamentos é possível se ambas as partes se interessarem por isso (Ok... estou a falar dos outros ou de mim mesma? Moving on...).


Apaixonem-se e sejam felizes para sempre ♥

domingo, 10 de outubro de 2010

18º Aniversário

Ontem foi o meu 18º aniversário. E foi, provavelmente, o melhor aniversário que tive até hoje por várias razões: estava tudo perfeito e quase todas as pessoas que queria que estivessem presentes vieram passar algum tempo comigo. Para além de que foi o primeiro ano em tive realmente a pessoa que sempre desejei a meu lado.
Ainda há bastante pouco tempo, sentia-me completamente perdida. Agora, sinto que me encontrei. Sinto-me agradecida por tudo o que tenho, e tenho tanto. Tenho uma mãe a quem dou tão pouco valor, amigos que estão sempre prontos a estar comigo quando grito e pontapeio coisas, um namorado que se encaixa tão bem a mim. Tenho tanto! Sou tão sortuda! Sou tão feliz!
Ainda ontem, depois de sair depois da festa, ao voltar para casa, pensei tantas vezes que dou tanta importância a coisas que nunca me vão valer de nada: os sapatos de salto alto que nunca uso porque me magoam os pés, a maquilhagem que uso todos os dias só para me sentir menos imperfeita, os dois guarda-fatos com roupa que daqui a uns anos já estará estragada. Perco tantas coisas e tanto tempo preciso com isso. Devia concentrar-me em mostrar às pessoas o quanto gosto delas e o quanto elas mudam a minha vida todos os dias, fazendo de mim quem sou. e tornando-se tão ou ainda mais especiais para mim do que eu própria. Vou tentar começar a fazê-lo. Afinal, quem sabe o tempo que nos resta para fazermos isso por nós e pelos outros? (Note-se que a minha atitude cor-de-rosa em relação à vida não vai mudar: vou continuar a usar maquilhagem e a vestir vestidos; apenas vou tentar dar mais importância a coisas de maior relevância.)
Não quero parecer uma mulher com crise de meia-idade, mas à medida que me torno mais velha venho a verificar que há coisas mais importantes do que parecer bonita ou boa ou o que quer que se assemelhe a isso aos olhos dos outros.
Raios, quem és tu e o que é que fizeste à Filipa?
Continuando, estou tão feliz!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sem comentários.

Vou fazer 18 anos no sábado e só quatro pessoas é que vêm à discoteca comigo depois do lanche ajantarado cá de casa. Vai ser horrível. Vai ser o pior dia da minha vida (um dos piores, quero eu dizer, aquele era o meu lado Drama Queen a falar, mas lá que vai ser um desastre é verdade).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Não! Não, por favor não!


Aposto que não sou a única a desejar, nem que seja só de vez em quando, ser rica. Principalmente quando queremos ter um cartão de crédito de valor ilimitado que nos permitisse comprar online tudo o que nos apetecesse.
Acontece-se que hoje estou num desses dias. E tudo porque decidi ver quanto custava um bilhete na plateia em pé para o concerto da Shakira que terá lugar no Pavilhão Atlântico já no dia 21 de do próximo mês. Às tantas, estava no site na cantora de country Taylor Swift e encontrei um CD versão Platinum autografado por ela. E dizem que não são fotocópias. Quero!
Nem peço um cartão de crédito de valor ilimitado. Um que desse para 35 dólares mais custos de porte de envio chegava... Não estou a pedir muito. :(
E faço 18 anos em menos de uma semana! Se ainda estiverem indecisos quanto à minha prenda...

Disclaimer (05/10/2010): Eu não estou a pedir prendas a ninguém, só para que saibam. A última frase não passou de uma brincadeira e o resto do texto era só um pequeno desabafo, ok?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fearless

"Para mim, ser destemida não significa a ausência de medo. Não é não ter completamente medos. Para mim, ser destemida é ter medos. Ser destemida é ter dúvidas. Muitas delas. Para mim, ser destemida é viver apesar de todas as coisas que te assustam de morte.
Ser destemida é apaixonarmo-nos loucamente de novo, apesar se já teres sido magoada antes. Ser destemida é andar no primeiro ano do liceu aos quinze anos. Ser destemida é levantares-te e lutares pelo que queres uma e outra vez... apesar de todas as vezes que o fizeste antes não o teres conseguido.
Ser destemida é ter fé que um dia as coisas vão mudar. É ter a coragem de dizer adeus a alguém que só te tem feito sofrer, apesar de não poderes respirar sem essa pessoa. Acho que ser destemida é apaixonares-te pelo teu melhor amigo, apesar de ele estar apaixonado por outra pessoa. E quando alguém te pede desculpa demasiadas vezes em relação a coisas que nunca vão deixar de fazer, acho que é destemido deixar de acreditar nessa pessoa. É dizer-lhes: 'Não estás arrependido', e ires-te embora.
Eu acho que amar alguém apesar do que o que as pessoas possam pensar é destemido. Eu acho que permitires-te a ti própria chorar no chão da casa-de-banho é destemido. Desistir é destimido. Depois, seguir em frente e ficar bem... Isso também é destemido.

Mas não importando o que o amor te traga, tens de acreditar nele. Tens de acreditar em histórias de amor e no príncipe encantado e no felizes para sempre."

(Retirado do CD Fearless, de Taylor Swift. O que acham? A pedido da Anna, podem ver aqui o vídeo oficial da música com o mesmo nome.)

domingo, 19 de setembro de 2010

Argh!

Não odeiam quando não vos deixam sair e ficam trancados em casa tipo prisioneiros? Eu odeio. Não é nada fixe.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Speak out!

Não fiquem calados. Digam o que está na vossa cabeça e no vosso coração. Expressem-se. Gritem, chorem, falem. Não esperem pelas palavras de ninguém para fazerem o que querem fazer. Só têm uma vida, não deixem de fazer o que querem.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confusão

O meu coração e a minha cabeça não têm andado muito bem... não literalmente. Isto é, ora estou super feliz, ora me apetece desatar a chorar como se não houvesse amanhã... literalmente. Não compreendo muito de normalidade, mas não me parece que esta situação seja normal.
Não posso afirmar isto com toda a certeza do mundo, mas acho que se deve ao facto de fazer demasiadas perguntas a mim mesma nos últimos tempos: O que é que eu faço aqui? Porque é que estou aqui? Porque é que não compreendo tudo o que se passa à minha volta, desde o porquê de, apesar de todos os obstáculos, é possível respirar todos os dias; é possível plantas crescerem e viverem nos solos quando são quase, desculpem a expressão, coisas... Mas como podem ser coisas se, mesmo sendo seres tão simples, fazem tanto?
E depois há a insegurança quanto ao futuro que dá comigo em doida: O mundo não vai acabar mesmo em 2012 ou perto disso, pois não? Por favor, não! Quero viver muito mais tempo. E como é que há gente que pode gostar de mim se não vejo nada de especial em mim para que seja apreciada por algum ser vivo, muito menos por humanos maravilhosos? Sim, porque eles são maravilhosos; e só lhes chamo isto porque não me vem à cabeça adjectivos melhores.
Tenho tantos motivos para ser feliz, nomeadamente ter uma mãe que muita gente gostaria de ter, à qual nem sempre dou o valor devido (ou quase nunca), um namorado mais do que perfeito (e não digam que a perfeição é uma coisa má, porque não é) que adoro e amigos insubstituíveis, e sim, sou feliz. Mas porque é que isso às vezes não é suficiente?
Não estou a fazer muito sentido, pois não?

Ok, é nestas alturas que devia lembrar-me que há criancinhas em África que desejavam ter a vida que eu tenho. E não têm.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Medo

Eis a conversa que tive hoje com a minha mãe:

Mãe - Estás quase a fazer dezoito anos.
Eu - Sim.
Mãe - A partir de agora, os anos vão correr-te à frente.
Eu - Estás a dizer-me que os anos vão passar tão depressa e que em muito breve vou morrer.
O que queria ter dito - Boa. Estás a dizer a uma pessoa que tem imenso medo da morte que esta não vai demorar muito tempo a chegar.
Mãe - Sim.

Tenho medo. Tenho medo do que será ou não (refiro-me a inconsciência, a um nada, a um vazio, a solidão) a morte. Pode ser tudo; pode ser nada. Isso assusta-me: não poder pensar, tendo em conta que os nossos pensamentos são o que nos individualiza dos outros, o que nos faz ser diferentes de todas as outras pessoas deste mundo. Tenho medo de não ir para o Céu, e de ir para outro sítio cujo nome nem me vou atrever a escrever.
Mas não é só medo da morte. Tenho medo de que tudo acabe antes de conseguir fazer tudo o que quero. Quero casar-me, quero ter filhos, quero ter um emprego, quero construir a minha casa, quero ir à igreja aos domingos de manhã com a família toda atrás, quero viajar: esta é a minha ideia de felicidade, e quero ter tempo e condições para que tudo isto se concretize (coisa que não vai acontecer se, por exemplo, morra antes disso ou que, por exemplo, o mundo acabe em 2012... ou antes... ou depois mas antes de poder concretizar tudo isto e mais algumas coisas).

E tenho medo das coisas actuais: que mais pessoas/animais de quem gosto morram (já tive o suficiente disso para saber o quanto dói e não quero voltar a ter a mesma sensação), de perder mesmo que não seja para a morte outras pessoas que fazem parte da minha vida, tenho medo de não ser boa o suficiente para os outros e que isso interfira na minha felicidade e na felicidade dessas mesmas pessoas, tenho medo de chumbar mais um ano a matemática e que não consiga terminar sequer o décimo segundo ano. E temo ir dormir e não voltar a acordar, ou acordar um dia e aperceber-me de que não consegui nada do que queria da vida, fazer algo de que me arrependa mais do que tudo e saber que não há forma de voltar atrás. Tenho medo de isso e de muito mais.




Estou apaixonada pela música acima. Dá-me vontade de chorar. Não é bem vontade, porque não gosto de chorar; de qualquer maneira, penso que entendem o que quero dizer. Mas não oiçam somente, vejam também as imagens lindíssimas do vídeo. Pessoalmente, gostei muito pela fotografia que aparece entre os trinta e um e os trinta e oito segundos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tudo é melhor com quem se gosta ao lado.
E não me venham com tretas de que o acto de amar/gostar só provem de substâncias segregadas no cérebro, está bem? Isso é só uma parte. Uma pequena, quase inexistente parte.
O resto é que importa: os momentos, o sentimento.

Matemática não é fixe

As aulas estão quase a começar.
E pensar que vou ficar mais um ano apenas a fazer a disciplina que mais odeio neste mundo, à qual chumbei...!

Update 26/08/2010: Agora que estou a reparar nisso, não é algo estranho que o meu primeiro post seja sobre um tema que odeio?