segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Não é normal eu fazer poemas.

O meu pescoço, a minha garganta
A sufocar.
Não consigo respirar, não consigo falar.
És tu?

As minhas mãos,
Ensanguentadas pelo pecado.
Nojentas e sujas em ti.
Estás aí?

O meu peito, pequeno e algo assimétrico,
Queimado da tua boca quente e húmida.
Mas tudo para ti.
Tens de estar aqui!

O meu ponto de prazer
Asqueroso, intocável e impossível
Sente-te.
Estás aqui.

Os meus pés
Que tantas vezes pisaram o teu chão
Pisam agora as tuas pegadas
Onde estás?

domingo, 30 de janeiro de 2011

Shape of my ♥

"(...)
I must insist
That a girl has got more to do
Than be the way you think a woman should
(...)
Had enough of stuff
And now it's time to think about me, me, yeah
And you can easily gamble your life away
Second after second
And day by day
(...)
I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart
(...)
I've always played it safe, nothing's ever safe
Give me the courage to back my own convictions
Every decision I make I pay it back and more
(...)"



(Entenderam a(s) mensagem(s)?)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Porrada psicológica

Ontem, ao pedir para desabafar com uma amiga, deram-me uma "porrada psicológica" (Manuel, desculpa lá roubar-te o termo, mas é genial e tenho mesmo de usá-lo) muito bem dada via mensagem escrita que dizia o seguinte:

"Filipa, o que é que se passa agora? Parecias estar melhor :/ Nenhum homem pode ter esse efeito em ti. Nenhum. Ambas ficámos a saber que o ***** não te mereceu no minuto em que acabou contigo daquela maneira, e como agiu depois. Tens de pensar nisso, amiga... Não podes deixar que ele te defina. Eu, e todos os teus amigos ao certo, sempre te admirámos pela tua independência de espírito e firmeza, sempre defendeste os teus interesses e a ti mesma. (...)"

A isto só tenho de dizer uma palavra: obrigada.
Às vezes, quando nos prendemos a certas coisas ou pessoas, mudamos sem dar conta, pelo que é necessário nos lembrarmos de como éramos antes de termos sofrido tantas mutações. Ou de nos lembrarem, neste caso.
Eu perdera a noção de quem era. Mas já me lembro. Eu era a pessoa forte e resistente, superior a tudo e todos, apesar de a sensibilidade estar sempre presente nem que fosse um pouco. Nunca precisei de nada nem de ninguém para me sentir bem comigo mesma. Há-que ser forte e firme, superior e poderosa; e é assim que me sinto.
Às vezes, há-que permitir a nós mesmas sermos fracas para crescermos fortes. Acontece que esse tempo, para mim, acaba aqui.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aiiiiiiii

Estou doente, com uma gripe de todo o tamanho em cima. Muito doente! Tenho o nariz entupido e, quando desentope alguma coisa, só sangra; dói-me o corpo todo; estou farta de beber chá de limão e pastilhas para a garganta (e rebuçados de mentol que a professora de matemática teve a amabilidade de me oferecer perante o meu mísero estado); ainda só saí duas vezes hoje da cama: para ir para a escola de manhã e agora para partilhar convosco a minha intensa tristeza. Tenham um bom dia!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Lalala

A noite de ontem foi o máximo.
Vou votar agora.
E depois vou ter com o melhor amigo!
*Happy*

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Odeio-te.

Eu odeio-te. Odeio-te porque nunca pensei que acabasse assim, nunca pensei que nada fosse como aconteceu. Odeio-te porque tiraste toda aquela vivacidade que reinava dentro de mim, aquele brilho que ostentava constantemente no meu olhar, apesar de toda a dor que guardava, aquela que nem sequer dá para comparar àquela que sinto neste momento, que já nem sei se devo chamar-lhe dor ou se hei-de inventar uma palavra que a descreva por ultrapassar tanto os limites da dor.
É tão destrutivo. Odiar alguém que se ama. Tão destrutivo ao ponto de me odiar a mim mesma por isso, de me odiar ainda mais do que te odeio a ti.
Nunca serás propriedade de ninguém. Nunca serás meu e eu nunca serei tua. Não somos objectos, somos pessoas. Mas agiste tão mal. E não és perfeito, assim como toda a gente, mas erraste tanto. Já está na altura de te aperceberes. Porque não te apercebes?
Eu não te quero de volta. Eu nunca te aceitaria de volta mesmo que quisesse; mesmo que quisesses. É só que... custa tanto compreender as tuas razões, o que te levou a fazer tudo o que fizeste. E é por isso que me esforço tanto para falar contigo.
Mas tu não compreendes, pois não? É mais uma das tuas (in)capacidades. Mas não te censuro, juro que não.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Beautiful Disaster



Disseram-me que esta música é a minha cara. Não podia concordar mais, o que constitui um pequeno grande problema.
O mundo exerce uma grande pressão sob nós, raparigas (e também nos rapazes, mas neste tópico em concreto penso que "sofremos" um pouco mais): as revistas mostram-nos pessoas lindíssimas e tentam fazer dinheiro com isso dizendo-nos que precisamos de comprar isto e aquilo para nos auto-melhorarmos e estarmos a, pelo menos, um nível aceitável quanto à nossa imagem. O mesmo para a televisão, para os anúncios que vemos nas paragens de autocarro, entre outros.
Chega-se a um ponto em que já não se tem amor próprio. Tudo é belo menos nós próprias. As raparigas dos anúncios são bonitas e são felizes e nós nunca o seremos, porque não temos a mesma cara ou corpo que elas: é esse o nosso pensamento depois de levarmos com tanta propaganda a maquilhagem e a cosméticos ao fim de um tempo.
E todos esses pensamentos são-nos confirmados quando nos esforçamos tanto para alcançar certas coisas e não conseguimos. Sentimo-nos feias, incapazes de fazer o que quer que seja bem feito. Se fossemos a rapariga bonita que vimos na capa da revista X a semana passada, não teríamos de fazer nada para que o príncipe encantado caísse do céu, porque ele cairia por iniciativa própria e, como se não bastasse, ainda cairia a nossos pés. Se fossemos ela, as pessoas pagar-nos-iam para aparecermos nas suas festas. Se assim fosse, as pessoas ficariam hipnotizadas ao verem-nos na rua e íamos sentir-nos automaticamente bem e poderosas e capazes de qualquer coisa e o dia correria logo melhor.
Pena que não somos essa rapariga. Pena que príncipes encantados não existem. Pena que essa rapariga provavelmente também pensa que é o ser do sexo feminino mais feio que este planeta já viu porque debaixo de toda a maquilhagem e daquela roupa bonita e cara está alguém como nós: uma pessoa, sensível e insegura, tão humana quanto nós, com sentimentos reais que só quer encontrar alguém que a faça sentir bem, que a leve a casa e lhe mostre o que realmente isso significa.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Questão

O que é suposto fazer quando se chega a uma conclusão à qual não se queria mesmo nada chegar?

domingo, 16 de janeiro de 2011



I know I should avoid love related stuff, but I couldn't help it. It's a beautiful song.

"And I think about summer, all the beautiful times
I watched you laughing from the passenger side,
Realized I loved you in the fall"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

The Venus Project

Antes que perguntem: sim, eu sei que deveria estar a estudar para o teste intermédio de Matemática A, mas sinto-me inspirada.
Apetece-me falar sobre o The Venus Project ou, traduzido à letra, O Projecto Vénus, um movimento (acho que lhe posso chamar assim) bastante visionário que conheci através de um primo meu e que me tem levado a pensar em muita coisa.
O The Venus Project baseia-se, segundo o que entendi, na mudança dos valores da sociedade actual através da construção de, basicamente, uma vida diferente daquela que conhecemos. Esta construção passa através da sensibilização social, entre outros, e tenciona usar a ciência como forma de alcançar um nível superior.
Humanos substituídos por tecnologia. Não, não quero dizer que eles querem exterminar a espécie humana: pelo contrário, eles querem tornar a população humana mais feliz desta forma.
Se os postos de trabalhos fossem substituídos por máquinas, ou grande parte deles, seríamos mais felizes. Teríamos mais tempo para as coisas que realmente queremos e temos gosto em fazer: estudar, pesquisar, interacção interpessoal, ouvir música, apreciar arte, entre outros. Quem realmente quisesse trabalhar não seria impedido, tornando-se num voluntário, e faria o seu trabalho por gosto e não por recompensas monetárias como se verifica actualmente visto que não recebia nada em troca. O dinheiro simplesmente deixaria de existir.
O mais grave é que existe tecnologia para tudo isto, mas a espécie humana não sai da cepa (escreve-se assim?) torta porque há sempre alguém que lucra com isto. Os políticos deixariam de ganhar os seus ordenados chorudos que tanto alimentam os seus grandes egos que às vezes até chegam a meter nojo, tendo em conta que há pessoas a morrer à fome todos os dias e a viver em condições precárias e, com isto, levam as pessoas a viverem num mundo ilusivo só para poderem continuar a fazer aquilo que os faz mais felizes.
E o pior é que não param por aí. Levam pessoas a rastejar por empregos no âmbito militar com incentivos monetários cuja tradução é, mais ou menos a seguinte: "Venham trabalhar connosco, matar pessoas em nosso nome, mas os ordenados são chorudos. Mas note-se que, quando já não prestarem para nada ou se morrem por nossa causa em guerras cujo único objectivo é engordarmos ainda mais as nossas contas bancárias, a preocupação já não é nossa porque estamos, sem dúvida, a lixarmo-nos para isso e, sobretudo, a lixarmo-nos para vocês e para os vossos".
E o governo ainda tem a grande lata de nos falar em patriotismo e orgulho relativamente ao nosso país. Sabem que mais? Eu não me orgulho de ter saído de dentro da minha mãe quando ela estava em Portugal; eu orgulho-me de coisas pelas quais trabalhei e consegui alcançar.



Para os valentes que conseguiram ver este inteiro, penso que há mais 6 da mesma série, é só procurar se estiverem interessados. :)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Família

Desde que me lembro, sofro por não ter uma família tão unida (ok, que não era unida em nada). Mas a verdade é que é a minha família e que não poderia mudá-la mesmo que quisesse. Portanto, decidi tentar unir-me a ela mesmo que ela não esteja ligada entre si na maior parte das vezes (ok, sempre, falando na prática).
Por mais que os membros de uma família briguem, se ignorem mutuamente ou cometam erros, há que tentar compreender as razões que os levaram a agir de certa forma e, quando não agem da forma mais correcta, há que saber perdoar e aceitar que os seres humanos são isso mesmo: seres humanos; e que, como tal, erram, e erram, e erram, muitas vezes pensando estar a fazer o mais certo.
Haverá pessoas nas nossas vidas que um dia poderão jamais integrar nela, nomeadamente conhecidos, amigos e romances passageiros. Família será sempre família.
Com isto não quero dizer que não há nada que importe senão a família, mas sim que esta permanecerá sempre obrigatoriamente, enquanto que todas as outras pessoas, devido a várias circunstâncias da vida, nem tanto assim.
Os meus amigos são muito importantes na minha vida e considero alguns deles família, mas a verdade é que não o são e que um dia podem passar-se da cabeça ou eu com eles e nunca mais os ver de novo. o que não quer dizer que não me tenham marcado nem que serão sempre uma parte de mim. E Deus sabe o quanto os amo e o quanto quero que permaneçam sempre!
O mesmo digo relativamente a romances. Quantas vezes dizemos a alguém que permaneceremos para sempre nas suas vidas quando, na verdade, não o fazemos e vice-versa (normalmente mais vice-versa, de facto)? E isso não quer dizer que não os amemos ao ponto de lhes darmos a nossa vida se necessário.
Eu poderei dizer que aquele rapaz fora, em tempos, meu namorado e que gostei muito dele e que perdi mais de metade dos cabelos que tinha na cabeça quando as coisas não deram certo. Eu poderei dizer que determinada pessoa foi muito minha amiga e que esteve lá para mim sempre que precisei. Eu não posso dizer que aquele foi meu irmão ou que o outro foi meu pai pelo simples facto de nunca terem deixado de o ser.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Conexão

Está na minha personalidade, na minha natureza (se é que isso realmente existe), querer fazer e ter tudo rapidamente, o que me leva a sofrer imenso por vários motivos. Gosto que tudo aconteça rápida e eficazmente quando nem sempre é possível. Tem de ser tudo a correr, tem de ser tudo feito já. Agora. Neste preciso momento.
Acontece que tenho vindo a aperceber-me que não sou a única pessoa no mundo a quem isto acontece, estou longe de sê-lo; antes fosse. E também tenho vindo a aperceber-me que esta urgência se torna maior quando se trata de conexão interpessoal.
Na minha opinião, isto designa um grande problema social. As pessoas não são lineares: são seres complexos que necessitam de tempo para se conectarem, umas mais do que outras.
Apesar de se verem na rua pessoas que fazem parecer fácil como respirar o acto de ligação entre humanos, é tudo uma ilusão, pois somos seres complexos. De facto, é a coisa mais difícil do mundo.
Acredito que a conexão entre humanos, nomeadamente a nível amoroso, seja possível, porque é, apenas nem sempre é de forma rápida, e acho que é por isso que tantas relações, namoros e casamentos terminam. As pessoas, enquanto criaturas impacientes que são, esperam que seja rápida, e quando tal não se verifica terminam com aquilo que lhes traz motivos de felicidade (ou algo que se assemelhe, à primeira vista, a isso) em vez de esperarem que a conexão se vá desenvolvendo gradualmente, não aparecendo às vezes pelo facto de se fecharem para o mundo e para os restantes seres humanos à sua volta.
Mas não é só isso. As pessoas prendem-se muito umas às outras por outros motivos que não são a conexão que sentem pelas outras, iludindo-se a si mesmas e levando todos à sua volta a pensar que sim, o que faz com que também estes vivam num mundo igualmente emocionalmente ilusivo. As pessoas ficam umas com as outras por motivos errados, sendo alguns deles: dinheiro, filhos e até a simples carência de afecto.
Não sei se é a minha veia ilusiva/romântica a falar devido a uma infância repleta de Barbies e de príncipes encantados, mas acho que chega a ser triste, isto é, a desistência de algo devido a pressas e a ânsias.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Não sei que título dar a este post

Estava a pensar chamar-lhe "Lost", depois "Amor", depois "I miss you" e depois concluí que não sei que título lhe quero dar. Nem sequer sei se devia escrever isto, visto que tanta gente está a ficar farta do que escrevo aqui e, para essas pessoas, aviso que vai ser mais um "daqueles" textos.
Sinto-me uma pessoa iludida num mundo ilusivo. Sim, ilusivo é a palavra mais correcta para o descrever.
Digo ainda que, se calhar (apesar de nunca poder ter provas disso porque é impossível, até à data, retroceder no tempo e no espaço), se não tivesse sido educada num mundo em que as meninas brincam com Barbies e os meninos com carros e num mundo em que as pessoas são consideradas bonitas pelo simples facto de possuírem certas características seria mais feliz. Estaria habituada à realidade, pois aprendi que a minha realidade e a realidade em que as pessoas vivem não é a realidade.
É provável que fosse muito mais fácil se não tivesse vivido na ilusão (na qual ainda vivo muito) durante tanto tempo. Não sou muito boa a explicar isto, mas é verdade. Enfrentar a realidade agora não é fácil, tanto que tenho pensado seriamente em acompanhamento psicológico. Se bem que quem necessita, de facto, deste acompanhamento, é a sociedade de forma geral.
A sociedade faz-nos acreditar na ilusão, em mentiras que favoreçam as pessoas consideradas importantes que, de facto, nem valem assim tanto, devido às suas mentes corrompidas. Não seria mais fácil se soubéssemos logo a verdade?
Não, o governo não quer o nosso bem. Não, a televisão não nos diz a verdade mas sim que somos feios e mal sucedidos e que temos de comprar coisas para mudarmos isso. Não, o dinheiro não nos torna mais felizes; de facto, não seria feliz a mandar em cinquenta empregados, em ter dez carros, em ter uma ou duas casas em cada país, em fingir felicidade onde ela não existe, em ter pessoas à minha volta que só estavam comigo por interesse ou por serem iguais a mim.
Não, nós nunca vamos conhecer uma pessoa totalmente e o amor não é dizer a alguém que a amamos. Não. Não e não.
Eu não sei o que se passa com o mundo e muito menos sei como mudá-lo, mas eu não sei se quero viver num lugar destes. Não sei mesmo. Bolas, nós temos cabeças, com cérebros lá dentro. Que tal pensarmos um bocado e passarmos a acção?




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Problemas

Sim, eu sei que disse que ia escrever aqui sobre o ano que se passou, mas acontece que não estou com disposição para isso e, ainda há menos de dez minutos atrás, apetecia-me escrever sobre um monte de coisas que se passaram na semana anterior. Mas já não me apetece. É incrível como as pessoas que estão mais perto de nós, que deviam estar sempre connosco, conseguem ser tão más às vezes ao ponto de irmos a correr para o quarto, fechar a porta e chorar e a pôr a música tão alto possível só para não ouvirmos coisas que não se encaixam, de todo, com a realidade.
O que mais gosto de ir de férias é que esqueço-me de como é estar em casa e de gritarem comigo a toda a hora por tudo e por nada. Porque não me vou deitar cedo. Porque demoro muito tempo a comer. Porque me alargo quanto ao tempo que passo à frente do computador. Porque não sou a pessoa com notas escolares mais altas do mundo. Porque gasto muito dinheiro. Porque falam demasiado alto e eu peço educadamente que baixem um pouco o tom de voz. Porque toda a gente me faz a cabeça e que não gosto de quem gosta de mim. Porque tudo.
Estou farta. Tenho a cabeça cheia de coisas. Muitas mesmo, ao ponto de achar que estou a ficar com uma ponta de loucura. Preciso de um bocadinho de sossego para que, pelo menos, a loucura não avance muito rápido. E ninguém me dá esse sossego enquanto estou por casa. Porquê? Sou assim tão horrível ao ponto de desejarem pôr fim à única réstia de sanidade que ainda tenho?