segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Não é normal eu fazer poemas.

O meu pescoço, a minha garganta
A sufocar.
Não consigo respirar, não consigo falar.
És tu?

As minhas mãos,
Ensanguentadas pelo pecado.
Nojentas e sujas em ti.
Estás aí?

O meu peito, pequeno e algo assimétrico,
Queimado da tua boca quente e húmida.
Mas tudo para ti.
Tens de estar aqui!

O meu ponto de prazer
Asqueroso, intocável e impossível
Sente-te.
Estás aqui.

Os meus pés
Que tantas vezes pisaram o teu chão
Pisam agora as tuas pegadas
Onde estás?

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